Olá queridos(as) alunos(as) do 3º ano, como estão?
Que tal compartilhar conosco as narrativas ( conto) produzidas em sala de aula?
Olá queridos(as) alunos(as) do 3º ano, como estão?
Que tal compartilhar conosco as narrativas ( conto) produzidas em sala de aula?
O Sussurro da Lua
ResponderExcluirNuma vila esquecida pelo tempo, onde as noites pareciam mais longas e o vento carregava segredos, vivia Ana, uma jovem que sempre sentiu que o mundo escondia algo além do que os olhos podiam ver. Ela morava com a avó, uma mulher silenciosa, de olhos tão antigos quanto as pedras da montanha.
Certa noite, enquanto a vila dormia sob o luar prateado, Ana ouviu um sussurro vindo do bosque. Curiosa, seguiu o som até a clareira onde uma árvore solitária crescia — alta, retorcida, com galhos que pareciam mãos apontando para o céu.
Ali, no meio da escuridão, a Lua falava.
— “Você sente, não sente? O tempo passando diferente. Os sonhos que parecem avisos. A saudade do que nunca viveu…”
Ana, assustada, tentou fugir, mas seus pés estavam presos às raízes da árvore, que pulsavam como se tivessem coração.
— “Você tem algo dentro de si, Ana... algo que dorme no sangue da sua avó, e na lenda desta vila”, sussurrou a Lua, agora com voz de mulher.
No dia seguinte, Ana acordou em sua cama, mas com algo diferente em seus olhos. Via as pequenas rachaduras nas coisas, as dores escondidas nas pessoas, os fios invisíveis que ligavam passado e futuro.
Sua avó, ao vê-la, apenas disse:
— “Ela te escolheu, não foi?”
Desde então, Ana passou a caminhar pela vila à noite, escutando os sussurros da Lua, ajudando as pessoas a lembrar do que haviam esquecido — promessas, dores, e sonhos que o tempo tentou enterrar.
E a árvore solitária, na clareira, sorriu em silêncio.
A BATERIA
ResponderExcluirHoje acordei com 3% de bateria, não eu, o celular. Mas confesso que me senti meio cansado, lento, fora do ar. Corri para achar uma tomada, corri como um maratonista, como se a minha vida dependesse dela. Comodidade.
Enquanto o celular carregava, eu me sentei ao lado da tomada e fiquei ali: parado, em silêncio. Sem nenhuma notificação, ligação ou distração. Só eu.
E nesse pequeno vazio percebi que algo estava errado, enquanto pensava ansiosamente sobre quantos likes teria o meu último post no Instagram, se meu último vídeo havia alcançado alguém no TikTok ou se minha mãe (mamãe) enviou mensagem, e percebi o quanto me afastei de mim mesmo.
A gente se preocupa tanto com a carga do aparelho, mas esquece da nossa.
Talvez seja hora de recarregar… Porque viver com 100% de bateria é ótimo, mas viver com 100% de presença é muito melhor.
Aluno: David Kaiky Chaves Ramalho
Turma: TI2M-T
ResponderExcluirO Cabelereiro de Sábado
Seu Jorge era barbeiro no mesmo bairro há 35 anos. As mãos já tremiam um pouco, mas o corte ainda saía preciso — principalmente quando era no senhor Alfredo, cliente das antigas, viúvo como ele.
Todo sábado às 9h em ponto, Alfredo chegava, sentava na cadeira e dizia a mesma frase:
— Só as pontas, pra continuar bonito na foto da minha falecida.
Eles riam juntos, falavam da vida, do tempo e do passado que pesava menos com conversa.
Num sábado chuvoso, Alfredo não apareceu. No lugar dele, uma moça jovem entrou, segurando um envelope.
— Meu avô pediu pra entregar. Ele faleceu ontem.
Dentro, uma carta escrita à mão:
*"Obrigado por me manter vivo por mais tempo com seus cortes e conversas. Leve isso como um abraço."*
Seu Jorge chorou em silêncio. Depois, limpou os olhos, pendurou a carta no espelho, e preparou a cadeira para o próximo.
Aurélio Rodrigues de Sousa TI24T
estilo artístico e literário que surgiu da necessidade de representar a vida real, com todos os seus conflitos, desigualdades e transformações sociais. Em vez de heróis idealizados, os protagonistas passaram a ser pessoas comuns, com problemas reais, vivendo em um mundo em constante mudança.
ResponderExcluirEsse movimento apareceu no século XIX, como resposta ao cansaço dos exageros românticos. Era um período marcado pela industrialização, pelo crescimento das cidades e por grandes mudanças sociais. Os artistas e escritores começaram a olhar mais de perto para a realidade, retratando o cotidiano com mais verdade e criticando as injustiças da sociedade.
Assim, o realismo se tornou uma forma de dar voz ao que era ignorado, mostrando o mundo como ele realmente era — sem fantasias, mas cheio de verdades.
Se quiser que eu inclua um exemplo ou conecte com a química, posso adicionar também!